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Mudança líquida.

"Venha marinheiro!!!"
Disseram-me expulsando de uma só vez o ar dos pulmões com toda convicção...
"Venha que o mar é para todos, ele não pertence a ninguém"
"Ice as velas, desatraque desse cais do conhecido garoto"
Os ventos, que já cintilavam nas velas mareadas daquele meu velho navio a muito ancorado, inundaram de esperança a tripulação já cansada, faminta,por perseguir novos horizontes.
Tomado pelo frenesi, imediatamente parti.
Ao levantar as âncoras senti como se estivesse sabotando o tempo passado, me livrando das amarras, para não mais voltar.
Eu sabia que aquela terra à minhas costas já havia ocupado tudo de mim.
As águas profundas me afeiçoavam, e o sol me transbordava, refletindo essa rota sem destino a poucos metros da proa.
"Não se preocupe!!!"
Meus ouvidos captavam...
"Haverão tempestades companheiro, mas nada que o navio não possa resitir"
Depois do tudo passado em terra firme, com cortes e cicatrizes na alma...
O medo de naufragar próximo a alguma ilha deserta onde afundam os sonhos daqueles velhos homens do mar não era maior...
Não maior que o medo de ficar atracado naquele porto seguro, inseguro de almejos maiores.
O vazio do horizonte não me amedrontaria, não mais.
(Conheço perfeitamente as rochas e icebergs mentais submersos dos quais preciso me precaver.)
Minha mente exaltava quase que automaticamente.
E eu sei que não vou encontrar nenhuma baía da perfeição, mesmo querendo, eu não caio no conto desses pobres homens entorpecidos pelo rum.
Ao menos em uma coisa me sinto diferente de todos esses companheiros de maré...
A viagem é o que realmente brilha feito o ouro de mil piratas em minha cabeça.
O que verdadeiramente arrepia os pelos, é saber que o vento vai soprar onde quiser, quando quiser, e hei de escuta-lo, sem saber de onde veio nem para onde me levara.

As águas estão turbulentas agora, da cabine eu consigo me mapear nas estrelas, e não há caminho de volta, não é como umas estrada que se pode voltar contornando as mesmas curvas.

Passado o entusiasmo do levantar das âncoras, o oceano começa a lhe mostrar que não é possivel deixar tudo em terra, assim como não se pode levar tudo para o mar.
No convés ouço o entoar verdadeiro das almas da tripulação...

"Ol' sailor

Don't blame yourself
Why do i see sadness in your eyes?
Why can't you
Sing her song?
The ocean is not enough
To forget someone
To forgive someone?
Ol' sailor
Ol' sailor
If you don't find yourself
You'll never find her heart"

E é impossivel não admitir-lhes a razão, o leme para se encontrar por vezes pesa para capitanear, e o corpo dói.

Dividir o peso não foi uma opção com a qual eu tenha achado um candidato disposto, não para uma viagem como esta.
O mar ensina e cobra, no fundo continuo aprendendo a navegar. Isso porém não quer dizer que não devamos por vezes desobedecer as leis que ele nos impõe.
As vezes precisarei largar o leme e deixar que se guie sozinho, pois já estou coberto por feridas que eu mesmo causei, todas elas em diferentes fases de cicatrização.
E preciso estar pronto para aqui e ali, aplicar mais algumas doses exageradas dessa anestesia que batizei com seu nome, para reassumir o leme sozinho até que comecem a doer novamente...

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Talvez Carpe Diem



É,por dentre as veias aleatórias do tempo continuo pulsando, 
persistindo,perseguindo ideais. É certo minha incrível vontade de decolar,
de viver o que não me foi concedido até então,é tão certo,que posso ver minha ansia de objetivos repetidamente atualizando-se como se houvesse em minha mente,um radar procurando por possíveis metas e traçando rotas o tempo todo.
Há tempos venho descobrindo o quão fascinante é observar detalhadamente essas rotas se entrelaçando,e o quão escorregadias elas se revelam.
Porém como a força que move é muito maior do que a que põe para baixo,por mais que eu observe atentamente essa oscilação sinto como se pudesse voar dessa física repetitiva algum dia.
Dos sonhos que me ocupam os sentidos,vejo quão fácil seria se propulsioá-los fosse como dar aos de terceiros os incentivos que por tantas já fiz.
 Talvez no papel isso fique um pouco mais claro,a medida em que os olhos falham e flashes costumam me tirar o rumo,caminho esse que  cedo ou tarde,por insistência ou sorte espero acabar  caindo por terra.
De Sócrates a Sheakespeare vasculho por respostas,e o que encontro é mais do mesmo para preencher a massa escura insaciável de um tipo raro de vazio interno.
 Carpe Diem,talvez seja uma parte do que  falta,suponho ser algo que só encontrarei dentro de questões que frenéticamente me tomam o tempo,e não parecem ser de natureza palpável à razão.
Desejo fazer uma escala nos aeroportos que me valham a pena antes de ancorar em uma ou duas ilhas pacificas,nessas escalas apanhar alguma peças em preto e branco para que possa por meus próprios dedos pintar com cores novas,e deixar de lado o descontraste da velha séphia nicotinada,novas inquisições,as velhas me parecem estáticas como pedras na praia que aos poucos o mesmo mar vai desgastando.É pena escrever para esboçar algo que está intacto em minha mente,talvez assim eu me sinta melhor...enquanto a maré sobe,me cerca,e de alguns parágrafos,só consigo fazer carácteres em papel virtual. 

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Do rascunho na mesa do bar ao alto dos meus 23.




Mais um cigarro queimado,um copo de café e pensamentos sem foco,
daquele rascunho que há incontáveis passos atrás tomara forma.Ainda ouço aquela mesma canção,ecoando,
e que descia ardentemente anestesiando-me junto a um gole que me esquentava o torax.
Eu mal me pegava pensativo,buscando longe das palavras da canção,algo que deixasse o pretérito no seu devido lugar,
mas nada me distanciava do impresso presente em minha mente.
Dias até pintar este proximo repentino parágrafo,que veio a mim como um sopro, congelando tudo que aqui ainda habitava.
No auge exato dos meus 23,freezando meu peito como cicatriz chegou-me o presente,sem passado e nem futuro,apenas o desbotado e cruel tom de séphia que os dedos
agora tentam suportar,e eu...ansiando,indagando,percebo agora o peso destes 23,quando sinto em minha mente,
a presença plurarizada de mais e mais pensamentos dos quais eu não posso ou não consigo dar vazão.E como de costume isto invadiu-me as mãos com o intuito de traduzir tudo isto em parágrafos.
Então escrevi...
Sem causa nem proposito...
Apenas deixando essa maré de palavras me levar,buscando em alguma...um cais para ancorar.
E me questiono se é justo dividir-me entre ego e razão,tão intenso,acho que não...
Interpretando papéis,palavras ainda ousam saltar de meus dedos,dadas,para quem ouse escutar,para quem ouse sentir.
Não teimo em apagar este cigarro junto a o próximo passo que por mim foi concedido,veio como todos os outros,
mas a força foi tanta,que planejou,como em uma catapulta,lançar-me a KM's de distancia de uma só vez,e eu concordei,sem ligar muito paras as consequências da aterrissagem.
Se fosse ao menos possível,cabível,descritível,eu vos decodificaria o propósito deste salto...
Mas no meu silêncio ostento que não,não cabe a mim,não agora,imediatamente me aceleram os sentidos,e estes kilometros,parecem metros,enquanto isso...
Presencio o tumulto dentro de mim,chocando-se com o velho rascunho,sinto que posso suportar isto me inundando novamente...embora não sem tais sentimentos,mas em silêncio como de costume.

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Asas de Essência.


                                                           


Planando nessa imensidão vazia
Deparando-me com incertezas
Vejo faces distantes
Aos poucos se apagando...
Ao meu redor um raio d’esperança
Onde estará?...
Adormecido?...
Perdido?...
Dentro de mim?...
Talvez junto ao incansável tempo
Voando rumo a um destino inalcançável
Mas sinto-te, oh inexplicável e intenso brilho
De onde estou
Aonde vou
E... não me darei por vencido
Não permitirei quebrarem-me
Tampouco juntarem meus pedaços como bem entender
Poderei queimar na escura meia-noite
Mas sei que minhas cinzas serão capazes de sorrir ao amanhecer
Não permitirei afastarem-me
Quando ao menos perto consigo chegar
Poderei andar milhares de milhas
Com meus pés muitas vezes cansados
Mas sei que meu uno sentimento é imutável aos seus tantos males
E estará no mesmo lugar
Intacto ao descansar do sol
Completando-me
Reabilitando-me
Preenchendo os vazios
Desse meu incessante voo livre
Com o incontável bater apressado de minhas penas
Mesmo que roubem minha inocência
Não terei nem mais um segundo para seus jogos de dor
E verão que sou mais forte que suas chamas frias
Sinta-me
Porque assim sempre serei...
Assim me verá...
Mesmo sem querer
Mesmo no escuro mais sombrio...
Hei de sempre brilhar
Do bater livre de minhas asas ao renascer das minhas cinzas.

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Leave me Alone






É bom lembrar do seu rosto novamente
Como teve passado desde o ultimo olhar?
O tempo parece que passou bem rapido por aqui
Em frente ao espelho...
Continuamos os mesmos...
Convictos de termos corrigido as falhas
Porque é assim que as pessoas fazem não é?
Congelando os erros em algum lugar longe dos olhos
Julgando o próximo para confortar
E mantendo palavras passadas longe dos ouvidos...


Eu poderia aproxima-las de você outra vez
Mas sabe...
Elas não durariam muito tempo
E se afastariam novamente...
Eu poderia ficar com elas
Mas não... foi tudo programado...
E o sistema entrou em pane
Outra vez.


Talvez um vento do pacifico tenha passado por aqui
E congelado tudo isto
Ou quase tudo
Ainda vejo do mesmo jeito
Com os mesmos olhos
Mas apesar de nada ter mudado...
Não parece igual
Pego emprestado um pouco do passado
Para salvar estes últimos pensamentos
Vagos...



Eu poderia aproxima-los de você outra vez
Mas sabe...
Eles não durariam muito tempo
E se afastariam novamente...
Eu poderia ficar com eles
Mas não... foi tudo programado...
E o sistema entrou em pane
Outra vez.
E eu não pretendo conserta-lo
Alguém o faça por mim


É bom lembrar do seu rosto
E sua pele frágil.
O tempo passou por aqui...
Mas Não foi o bastante para me fazer esquecer
Que nesta infinita highway
Ainda existe o mesmo horizonte infinito

Eu poderia aproxima-lo
Correr talvez
Mas..
Não...
Nada muda...  e...     Caminhando...
Deixo a highway me levar...
Sozinho.

"Leave me Alone"

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Ser...






Ser ...
O que tentamos buscar
O medo de errar
Talvez o que nos faça livres
 Por um instante sequer
O que somos e que não podem nos tirar
O rascunho que tomou forma
O sagaz 
O sempre mais
O segredo por entre os dedos
O que se esconde em meio as palavras...
Ser...
O que sabemos ,mesmo sem querer
Mesmo que a duvida vá de encontro com nossa essência...
Resta ser e fazer valer
Um instante sequer
Uma vida talvez
Um pouquinho a mais
Uma dose exagerada de emoção.
Ser o que somos
O que não nos contaram 
O que contradiz
O que não tem freio...
O que por vezes pareça raro
Ser... Apenas ser... o que nos resta a fazer...
Sem nenhum sentido...
Sem pedir permissão...
Persistir e fazer valer...
O ser...
O viver...
Somente por amor...
Amor por aquelas velhas causas perdidas.




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Soul




Soul

Se eu pudesse olhar com teus olhos
Instantaneamente o cessar da dor
A tempestade que está se despedindo
E pudesse lhe mostrar que...

Eu não sou uma brisa qualquer
Eu sou os mil ventos que sopram ao nosso redor
Eu não sou o inverno monótono e cinza
Eu sou o diamante que brilha na neve
Eu não sou um dia comum
Eu sou os primeiros raios de sol em seu despertar matinal
Eu não sou a tempestade que destrói
Eu sou sua doce chuva outonal

Quando você acorda pela manhã em Silêncio...
Se eu pudesse lhe fazer ver com meus olhos
Que eu sou seu primeiro e puro olhar distante
Se eu pudesse lhe beijar com seus lábios
E lhe fazer sentir que...

Eu não sou 
O quebrar solitário das suas ondas
Eu sou o profundo e negro oceano
Eu não sou sua aurora boreal 
Eu sou seu céu
Eu não sou somente sua lua outonal
Eu sou o anoitecer com esplendor
Sou estrela
Sou infinito
Sou sua noite toda... Toda noite.

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